Leia o texto para responder às questões de números 01 a 06.
Propensão à ira de trânsito
Dirigir um carro é estressante, além de inerentemente
perigoso. Mesmo que o indivíduo seja o motorista mais seguro
do mundo, existem muitas variáveis de risco no trânsito,
como clima, acidentes de trânsito e obras nas ruas. E com
relação a todas as outras pessoas nas ruas? Algumas não são
apenas maus motoristas, sem condições de dirigir, mas também
se engajam num comportamento de risco – algumas até
agem especificamente para irritar o outro motorista ou impedir
que este chegue onde precisa.
Essa é a evolução de pensamento que alguém poderá ter
antes de passar para a ira de trânsito de fato, levando um motorista
a tomar decisões irracionais.
Dirigir pode ser uma experiência arriscada e emocionante.
Para muitos de nós, os carros são a extensão de nossa personalidade
e podem ser o bem mais valioso que possuímos. Dirigir
pode ser a expressão de liberdade para alguns, mas também é
uma atividade que tende a aumentar os níveis de estresse, mesmo
que não tenhamos consciência disso no momento.
Dirigir é também uma atividade comunitária. Uma vez
que entra no trânsito, você se junta a uma comunidade de
outros motoristas, todos com seus objetivos, medos e habilidades
ao volante. Os psicólogos Leon James e Diane Nahl
dizem que um dos fatores da ira de trânsito é a tendência de
nos concentrarmos em nós mesmos, descartando o aspecto
comunitário do ato de dirigir.
Como perito do Congresso em Psicologia do Trânsito,
o Dr. James acredita que a causa principal da ira de trânsito
não são os congestionamentos ou mais motoristas nas ruas,
e sim como nossa cultura visualiza a direção agressiva. As
crianças aprendem que as regras normais em relação ao comportamento
e à civilidade não se aplicam quando dirigimos
um carro. Elas podem ver seus pais envolvidos em comportamentos
de disputa ao volante, mudando de faixa continuamente
ou dirigindo em alta velocidade, sempre com pressa
para chegar ao destino.
Para complicar as coisas, por vários anos psicólogos sugeriam
que o melhor meio para aliviar a raiva era descarregar
a frustração. Estudos mostram, no entanto, que a descarga de
frustrações não ajuda a aliviar a raiva. Em uma situação de
ira de trânsito, a descarga de frustrações pode transformar um
incidente em uma violenta briga.
Com isso em mente, não é surpresa que brigas violentas
aconteçam algumas vezes. A maioria das pessoas está predisposta
a apresentar um comportamento irracional quando dirige.
Dr. James vai ainda além e afirma que a maior parte das
pessoas fica emocionalmente incapacitada quando dirige. O
que deve ser feito, dizem os psicólogos, é estar ciente de seu
estado emocional e fazer as escolhas corretas, mesmo quando
estiver tentado a agir só com a emoção.
(Jonathan Strickland. Disponível em: http://carros.hsw.uol.com.br/
furia–no–transito1 .htm. Acesso em: 01.08.2013. Adaptado)
Propensão à ira de trânsito