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49882 PROGEPE (2017) - UFPR - Intérprete Tradutor de Libras / Pedagogia

Rodrigues e Valente (2011) colocam o uso do espaço como um apontamento útil ao cotidiano do tradutor-intérprete de Libras. As autoras dizem que, por serem línguas espaço-visuais, os usuários das línguas de sinais empregam o espaço linguisticamente. Em relação ao uso do espaço como recurso linguístico, assinale a alternativa que apresenta fenômenos da Libras que estão na base da constituição do sistema pronominal e da concordância verbal.

  • a)
    Trata-se dos elementos dêiticos, que são construídos pela apontação para lugares específicos no espaço, os quais remetem a referentes diferentes, e dos verbos direcionais (com concordância), em que a direção de realização do sinal indica o sujeito e o objeto do verbo.
  • b)
    Trata-se do apontamento direcional no uso do pronome. Por exemplo, o sinal de EU é realizado com o apontamento para o receptor da mensagem, e o pronome de segunda pessoa é realizado com o apontar para quem é emissor da mensagem.
  • c)
    Trata-se da apontação para lugares específicos no espaço, os quais remetem a referentes diferentes, e dos verbos simples, em que a direção de realização do sinal indica o sujeito e o objeto do verbo. Como exemplo, pode-se citar a concordância do verbo ENTREGAR, em que o sujeito é a terceira pessoa, e o objeto indireto, a segunda pessoa.
  • d)
    Trata-se do espaço real, onde o referente que se procura representar participa do ambiente físico real no qual ocorre a situação de comunicação, e do espaço token, em que o referente que se pretende representar diz respeito à terceira pessoa.
  • e)
    Trata-se dos elementos dêiticos, que são construídos no processo de incorporação de gestos como signos linguísticos nas línguas de sinais, e dos verbos que classificam os referentes em pontos específicos ao redor do corpo do sinalizante.

49883 PROGEPE (2017) - UFPR - Intérprete Tradutor de Libras / Pedagogia

Considerando a caracterização que Leite (2005)

faz a respeito do tradutor, assinale a alternativa

que apresenta o processo de tradução do

profissional que fez a tradução do inglês para

português do best seller ao lado.





  • a)
    Na tradução, as decisões em relação ao significado do texto são tomadas rapidamente.
  • b)
    O tradutor raramente pode incorporar feedback de outros profissionais para resolver problemas linguísticos da língua-fonte.
  • c)
    A tradução favorece a escolha linguística em detrimento do sentido.
  • d)
    O tradutor dificilmente pode fazer uso de materiais e é limitado pelo fator tempo.
  • e)
    O tradutor pode se reportar constantemente ao texto-fonte para produzir, tendo a opção de poder retornar às partes já traduzidas a qualquer tempo.

49884 PROGEPE (2017) - UFPR - Intérprete Tradutor de Libras / Pedagogia

Sobre os conceitos e campos epistemológicos apresentados por Skliar (1998), que apreendem a educação de surdos em

uma visão socioantropológica, numere a coluna da direita de acordo com sua correspondência com a coluna da esquerda.



Assinale a alternativa que apresenta a numeração correta da coluna da direita, de cima para baixo.

  • a)
    4 – 5 – 1 – 2 – 3.
  • b)
    2 – 3 – 1 – 5 – 4.
  • c)
    2 – 5 – 3 – 1 – 4.
  • d)
    4 – 3 – 2 – 1 – 5.
  • e)
    1 – 4 – 2 – 5 – 3.

49885 PROGEPE (2017) - UFPR - Intérprete Tradutor de Libras / Pedagogia

Gesser (2015), nos cadernos de tradução organizados por Rodrigues e Quadros (2015), aponta alguns fatores que dificultam o “trânsito” do intérprete educacional.

A que sentido de “trânsito” do intérprete educacional a autora está se referindo?

  • a)
    Sinalizar pedagogicamente e sinalizar academicamente.
  • b)
    Fazer uso do linguajar formal do professor e do linguajar informal do aluno surdo.
  • c)
    Traduzir didaticamente e traduzir culturalmente.
  • d)
    Interpretar ensinando e ensinar interpretando.
  • e)
    Discursar oralmente e discursar corporalmente.

55065 PROGEPE (2017) - UFPR - Intérprete Tradutor de Libras / Pedagogia

Considere o seguinte fragmento: Pode-se debater se a surdez é ou não “preferível” à cegueira quando adquirida não muito cedo na vida; mas nascer surdo é infinitamente mais grave do que nascer cego pelo menos de forma potencial. Isso porque os que têm surdez pré-linguística, incapazes de ouvir seus pais, correm o risco de ficar seriamente atrasados, quando não permanentemente deficientes, na compreensão da língua, a menos que se tomem providências eficazes com toda a presteza. E ser deficiente na linguagem, para um ser humano, é uma das calamidades mais terríveis [...].

(SACKS, O. Vendo Vozes. Uma jornada pelo mundo dos Surdos. Rio de Janeiro: Imago, 1990, p. 19)

Assinale a alternativa que demonstra o entendimento do autor quanto às relações entre surdez e linguagem.

  • a)
    Quando a criança surda não adquire uma língua precocemente, ela fica fora do seu estado pleno de humanidade, pois é a linguagem que nos humaniza.
  • b)
    Quando a criança surda adquire a língua de sinais, ela está apta a demonstrar suas capacidades inatas.
  • c)
    Quando a criança surda é pré-linguística, ela fica impossibilitada de ter trocas e experiências culturais se não aprender a língua oral.
  • d)
    Quando a criança surda adquire um sistema linguístico, ela pode desenvolver cultura e aprendizado de vários aspectos sociais importantes, como a relação com seus pais ouvintes.
  • e)
    Quando a criança surda tem acesso à linguagem, ela aprende a se comunicar livremente com os seus semelhantes ouvintes na língua falada por eles e pode, portanto, adquirir e compartilhar informações.

55066 PROGEPE (2017) - UFPR - Intérprete Tradutor de Libras / Pedagogia

Considere o texto abaixo: [...] as línguas de sinais podem fornecer novas perspectivas teóricas sobre as línguas humanas, sobre os determinantes da linguagem e o processo de aquisição e desenvolvimento de uma língua que apresenta certas particularidades em relação às línguas orais.

(QUADROS; KARNOPP, 2004, p. 37)

No que diz respeito à relação entre estudos linguísticos e línguas de sinais, sob o ponto de vista das autoras, é correto afirmar:

  • a)
    O interesse em relação ao estudo das línguas de sinais se deu por conta da reestruturação linguística e da proposição de concepções teóricas modernas.
  • b)
    Os estudos linguísticos evidenciam a riqueza e a complexidade da modalidade da língua brasileira de sinais para seu campo descritivo-conceitual.
  • c)
    As línguas de sinais, há um bom tempo, vêm sendo objeto de estudo no meio acadêmico, e nessas pesquisas constatou-se que elas não podem ser analisadas à luz de teorias tradicionais das línguas orais.
  • d)
    Os estudos linguísticos da Libras no Brasil só emergiram na academia após a regulamentação legal do idioma e a sua inserção nos currículos dos cursos superiores.
  • e)
    O interesse em relação ao estudo das línguas de sinais se deu por conta da fragilidade conceitual dos constructos das línguas orais.

55067 PROGEPE (2017) - UFPR - Intérprete Tradutor de Libras / Pedagogia

Sobre a história do intérprete de Libras no Brasil, considere as seguintes afirmativas:

1- A estudante Denise Coutinho foi a primeira pessoa a assumir a interpretação da Libras publicamente, em evento coletivo, podendo ser considerada a primeira intérprete de Libras no Rio de Janeiro, quiçá no Brasil.

2- Ricardo Sander foi o primeiro intérprete a apresentar o Hino Nacional em Libras, em eventos oficiais da FENEIS.

3- Em 1988, a FENEIS realizou, no Rio de Janeiro, o I Encontro Nacional dos Intérpretes em Língua de Sinais e, nesse ano, publicou uma espécie de manual, com o título “A Importância dos Intérpretes da Linguagem de Sinais”.

4- Em 2002, foi realizado o II Encontro Nacional de Intérpretes, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), ocasião em que foi aprovado o código de ética da categoria. Nessa ocasião, a intérprete e pesquisadora de Libras Ronice Muller de Quadros lançou o livro “O tradutor e intérprete de língua brasileira de sinais e língua portuguesa”.

Assinale a alternativa correta.

  • a)
    Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
  • b)
    Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
  • c)
    Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
  • d)
    Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
  • e)
    As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.

55068 PROGEPE (2017) - UFPR - Intérprete Tradutor de Libras / Pedagogia

Segundo Quadros (2004), o intérprete de língua de sinais está constantemente exposto a discursos:

  • a)
    narrativo, estético, persuasivo, crítico, em prosa e argumentativo.
  • b)
    narrativo, persuasivo, explicativo, argumentativo, conversacional e procedural.
  • c)
    explicativo, estratégico, argumentativo, informativo, jornalístico e poético.
  • d)
    estético, dissertativo, comunicativo, narrativo, persuasivo e explicativo.
  • e)
    narrativo, literário, explicativo, conversacional, procedural e argumentativo.

58401 PROGEPE (2017) - UFPR - Intérprete Tradutor de Libras / Pedagogia

Para questionar a postura conservadora em relação à fidelidade da tradução, Gile (1995) realizou um experimento para

ajudar seus alunos a entender essa questão. O experimento foi adaptado para a disciplina de tradução do Curso de Letras

da Universidade Federal de Santa Catarina (UFS

Considerando a variação nos resultados e as reflexões sobre os conceitos de fidelidade, a variedade de verbalização para

a mesma imagem é explicada:

  • a)
    pela diversidade conceitual dos sujeitos frente à imagem, pelas relações categoriais que é capaz de desenvolver e pela diferença na maneira como o indivíduo decide verbalizá-la.
  • b)
    pela abordagem técnica de cada tradutor, pelas suposições que faz com relação ao público receptor da mensagem e pela diferença na maneira como, dadas as suas circunstâncias pessoais (histórico-sócio-temporais), o indivíduo decide verbalizá- la.
  • c)
    pela variação na formação, pelo conhecimento que tem de seu interlocutor e pela diferença contextual que envolve os interlocutores do ato interativo.
  • d)
    pelas relações atitudinais do receptor frente à mensagem transmitida pelo emissor, pelo julgamento no nível intelectual da plateia e pela diferença na maneira como, dadas as suas circunstâncias pessoais (histórico-sócio-temporais), o indivíduo decide verbalizá-la.
  • e)
    pela maneira como cada indivíduo ‘percebe’ a mensagem, pelas suposições que faz com relação ao nível e grau de entendimento de seu interlocutor e pela diferença na maneira como, dadas as suas circunstâncias pessoais (histórico-sóciotemporais), o indivíduo decide verbalizá-la.

58402 PROGEPE (2017) - UFPR - Intérprete Tradutor de Libras / Pedagogia

Karin Strobel, na obra “As imagens do outro sobre a cultura surda” (2009), apresenta a origem etimológica da palavra cultura (do latim colere = cultivar) e tece uma metáfora com o caso dos surdos. Em relação à metáfora do “cultivo” utilizada pela autora, assinale a alternativa correta.

  • a)
    A experiência sensorial dos surdos precisa ser cultivada no seio familiar, de modo que a língua de sinais floresça e se manifeste nos diferentes meios sociais.
  • b)
    O sistema de linguagem gestual deve ser cultivado para que os cidadãos surdos tenham acesso aos artefatos historicamente acumulados pela humanidade.
  • c)
    A linguagem e a identidade são cultivadas de forma coletiva e performativa. No caso dos surdos, o cultivo e a colheita se dão dentro da comunidade surda, campo fértil para o florescimento de sua identidade e de sua cultura.
  • d)
    A identidade surda é semeada a partir do contato com o outro e a colheita se dá a partir das gerações vindouras de crianças surdas.
  • e)
    Tanto língua quanto identidade devem ser cultivadas nas relações com o outro diferente, o ouvinte, pois o estranhamento inicial é campo fértil para florescimento de vida social.