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206563 FGV (2013) - SEDUC-SP - Professor - Filosofia / Filosofia e Ética

As relações entre ciência e senso comum sempre foram polêmicas, seja por que buscou se ver na primeira a evolução do segundo, seja por que foram definidos como formas de conhecimento excludentes entre si. Tendo em vista essas correlações, é correto afirmar que o conhecimento científico

  • a)
    estabelece uma ruptura com o senso comum, ao exigir constante crítica do passado.
  • b)
    supera o senso comum, quando alcança resultados indubitavelmente provados.
  • c)
    concorda com o senso comum, ao basear suas afirmações no registro direto dos dados sensoriais.
  • d)
    tem o poder de explicar tudo, face às dúvidas e crendices do senso comum.
  • e)
    elimina a especulação pela comprovação e transforma o discurso do senso comum em fato observável.

206564 FGV (2013) - SEDUC-SP - Professor - Filosofia / Filosofia e Ética

O docente propõe a leitura de um texto com o objetivo de exercitar a capacidade de os alunos reconhecer em uma suposição implícita:

Muitos motoristas desrespeitam deliberadamente o Código de Trânsito, seja porque estão convencidos de haver poucas possibilidades de serem surpreendidos, seja porque, se isto acontecesse, as multas não constituiriam um desestímulo suficiente. Por exemplo, pessoas que jamais roubariam dinheiro mesmo se precisassem dele, não teriam problemas em ultrapassar um limite de velocidade de 20 km/h, inclusive em uma rua onde há crianças brincando. Fica claro, portanto, que uma redução substancial dos acidentes de trânsito só pode ser obtida identificando os motoristas infratores e incrementando as multas para os transgressores.

Assinale a alternativa que identifica corretamente a suposição implícita sobre a qual se baseia o fragmento.

  • a)
    O número de acidentes de trânsito é cresccente, porque os motoristas ignnoram o Códigoo de Trânsito.
  • b)

    Os motoristas que foram condenados por terem cometido infrações do Código de Trânsito pensam duas vezes em cometer uma nova infração.

  • c)

    As pessoas que cometem infrações de trânsito são uma causa significativa dos acidentes de trânsito.

  • d)
    Se as punições por roubar fossem menos severas, as pessoas pensariam duas vezes antes de roubar dinheiro mesmo precisando.
  • e)

    Se as multas por terem cometido infrações do Código de Trânsito aumentassem, os motoristas não o desrespeitariam com tanta frequência.

206565 FGV (2013) - SEDUC-SP - Professor - Filosofia / Filosofia e Ética

O estudante Rafael Rogara, 17, a dona de brechó Denise Pini, 50 e o médico pernambucano Mozart Cabral, 42, vivem em mundos completamente diferentes. Mas os três reservam pelo menos uma noite por mês para tentar entender o que está por trás de sentimentos tão díspares quanto coragem, desejo e medo da morte. Com a ajuda de filósofos e historiadores, buscam decifrar o sentido dos acontecimentos cotidianos para viver melhor.

(Daniela Falcão, “ Filosofia e história ajudam a entender cotidiano e comportamento” in Folha de São Paulo, 21/06/2001, http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u173.shtml)



A notícia descreve a proliferação de espaços em que diferentes pessoas se encontram para refletir e dialogar filosoficamente.

Nesses contextos, a filosofia é um exercício de

  • a)
    confirmação da consciência coletiva, do quê pessoas variadas têm em comum.
  • b)
    ordenação lógica do senso comum, que se eleva a bom senso.
  • c)
    reflexão crítica que desperta interrogação sobre todos os aspectos da vida.
  • d)
    decifração dos princípios fundamentais e indiscutíveis que permitem viver melhor.
  • e)
    investigação interior, acerca da fundamentação divina de sentimentos e temores humanos.

206566 FGV (2013) - SEDUC-SP - Professor - Filosofia / Filosofia e Ética

Os fragmentos 1 e 2 são representativos, respectivamente, da tradição racionalista e da empirista em teoria do conhecimento.



1- Arquimedes, para tirar o globo terrestre de seu lugar e transportá lo para outra parte, não pedia nada mais exceto um ponto fixo e seguro. Assim, terei o direito de conceber altas esperanças, se for bastante feliz para encontrar somente uma coisa que seja certa e indubitável.

2- Uma ideia clara consiste naquilo que a mente adquiriu através de uma percepção completa e evidente recebida do objeto externo (...); portanto, uma ideia distinta consiste na percepção da mente diferenciando a de todas as outras, ao passo que uma ideia confusa não pode ser suficientemente distinguida da outra
(...).



Com relação aos argumentos que identificam a tradição racionalista e a tradição empirista, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.



( ) O fragmento 1 pertence à tradição racionalista, pois a exigência de “ uma coisa certa e indubitável” aponta para uma ordem de razões negativa, que elimina as possibilidades de erro, e positiva, que encontra um conhecimento verdadeiro.

( ) Ao considerar que a mente adquire ideias claras e distintas na percepção do objeto externo, o fragmento 2 fundamenta o conhecimento empírico como correspondência entre as ideias mentais e as coisas da realidade que elas denotam.

( ) A clareza e distinção das ideias como critério do conhecimento verdadeiro é uma característica comum ao racionalismo e ao empirismo, pois ambos consideram que a mente tem ideias claras e distintas quando as percebe independentemente da realidade externa.



As afirmativas são, respectivamente,

  • a)
    F, V e F.
  • b)
    F, V e V.
  • c)
    V, F e F.
  • d)
    V, V e F.
  • e)
    F, F e V.

206567 FGV (2013) - SEDUC-SP - Professor - Filosofia / Filosofia e Ética

Analise os fragmentos a seguir.



1- Deus deu o mundo em comum aos homens; mas como o fez para o benefício deles e as maiores conveniências da vida que fossem capazes de retirar dele, não é possível supor tivesse em mente que devesse ficar em comum e inculto.

2- Ainda que a terra e todas as criaturas inferiores pertençam em comum a todos os homens, cada um guarda a propriedade de sua própria pessoa; sobre esta ninguém tem qualquer direito, exceto ela. Podemos dizer que o trabalho de seu corpo e a obra produzida por suas mãos são propriedade sua.



(Traduzido de LOCKE, John. Two Treatises of government. Londres: Cambridge Univ. Press, 1970, V, 34, p. 309;V, 27, pp. 305 6.)



A partir dos fragmentos acima, assinale a alternativa que caracteriza corretamente o conceito de propriedade em Locke.

  • a)
    O direito à propriedade privada dos bens materiais está baseado no princípio moral de que a sua utilização é necessária à reprodução social e biológica do homem.
  • b)
    Locke considera que a propriedade privada se originou da superação do estado natural, com a implantação da sociedade civil, cujo fim é a preservação da propriedade.
  • c)
    Locke se preocupa com a divisão do trabalho e, portanto, questiona a legitimidade da propriedade dos bens que são produzidos por muitas mãos.
  • d)
    Locke define a apropriação de bens, criados por Deus, como propriedade em comum, incorporando o ideal comunitário calvinista.
  • e)
    O direito à propriedade privada deturpa a doação divina dos bens concedidos em comum aos homens, por meio de Adão e Eva, para o natural sustento de todas as suas criaturas.

206568 FGV (2013) - SEDUC-SP - Professor - Filosofia / Filosofia e Ética

A nossa época é a época da crítica, à qual tudo tem que submeter se. A religião, pela sua santidade, e a legislação, pela sua majestade, querem igualmente subtrair se a ela. Mas então suscitam contra elas justificadas suspeitas e não podem aspirar ao sincero respeito, que a razão só concede a quem pode sustentar o seu livre e público exame.

(KANT, Immanuel. Crítica da Razão Pura (Edição A). Lisboa: Calouste Goulbenkian, 1997, p. 5.)



A partir do texto, assinale a alternativa que relaciona corretamente o uso livre e público da razão à ideia kantiana de esclarecimento.

  • a)
    A crítica a que a razão deve submeter sua época histórica é condição necessária para que seus contemporâneos possam desvelar o sentido de sua servidão e construir os meios para o progresso político e cultural.
  • b)
    A esfera pública da razão é a instância superior da crítica, através da qual a filosofia deve refletir sobre seu próprio presente, questionando as crenças religiosas, políticas e intelectuais, e propiciando ao homem a capacidade de juízo sem orientação de outrem.
  • c)
    O esclarecimento é alcançado tanto com o uso livre da razão, como defesa pública das ideias e exercício incondicionado da liberdade, quanto com seu uso privado, que é o pensamento aplicado a circunstâncias particulares.
  • d)
    O sábio deve fazer uso público da razão para denunciar a tirania do Estado e a autoridade da Igreja, de modo a conduzir a população no caminho do esclarecimento a respeito de seu poder de autodeterminação.
  • e)
    A tutela da autoridade sobre o pensamento é um empecilho ao esclarecimento, submetendo o homem a situações de obediência no âmbito público e privado, que devem ser desautorizadas pela liberdade individual de ação e consciência.

206569 FGV (2013) - SEDUC-SP - Professor - Filosofia / Filosofia e Ética

Na gravura a seguir, lê se, à esquerda, o “ vício” com a inscrição respectiva: “ superabundância ou muito” ; ao centro, a “ virtude” com a inscrição respectiva: “ o meio está aqui” ; à direita, sem identificação legível acima da figura, a inscrição respectiva: “ carência ou pouco” .





O professor utiliza a imagem acima no contexto da explicação da noção aristotélica de meio termo, informando aos alunos que foi retirada da tradução manuscrita da Ética a Nicômaco, de Aristóteles.

As alternativas a seguir identificam corretamente características da noção aristotélica de virtude como meio termo, à exceção de uma.



Assinale a.

  • a)
    A ideia da virtude como meio termo é apresentada textualmente, pela inscrição característica, e visualmente, pela disposição espacial no ponto mediano da figura.
  • b)
    A posição central, vertical e ereta da virtude mostra a função de estabilização entre excesso e carência que a ideia de meio termo desempenha.
  • c)
    O tamanho proporcional das figuras mostra que a virtude é um valor mediano que decresce do vício mais danoso, um gigante, ao menos danoso, um anão.
  • d)
    Texto e imagem transmitem a ideia de que os vícios ou vão muito longe, como “ superabundância ou muito” , ou ficam aquém, como “ carência ou pouco” .
  • e)
    Os conceitos de virtude e de vício e a oposição que guardam entre si são expressos na imagem através da escala, da posição e dos gestos das figuras.

219995 FGV (2013) - SEDUC-SP - Professor - Filosofia / Filosofia e Ética

Hume partiu essencialmente de um único, mas importante conceito da metafísica, a saber, a conexão de causa e efeito (...) e intimou a razão, que pretende tê lo gerado no seu seio, a explicar lhe com que direito ela pensa que uma coisa pode ser de tal modo constituída que, uma vez posta, se segue necessariamente que uma outra também deva ser posta (...). Ele provou de modo irrefutável que é absolutamente impossível à razão pensar a priori e a partir dos conceitos uma tal relação, porque esta encerra uma necessidade. (...) Daí concluía ele que a razão se iludia inteiramente com este conceito, considerando o falsamente como seu próprio filho, quando nada mais é do que um bastardo da imaginação, a qual fecundada pela experiência, colocou certas representações sob a lei da associação (...).

(KANT, I. Prolegômenos a toda a metafísica futura. Lisboa: Edições 70, 1987, p. 14.) Para Kant, o problema da causalidade assinala o ponto de partida, ao mesmo tempo comum e diferente, entre o seu programa filosófico do conhecimento e o apresentado por David Hume.

Assinale a alternativa que identifica corretamente a relação entre as concepções kantiana e humeana do conhecimento.

  • a)
    Segundo Kant, a crítica humeana da causalidade procede, pois as conexões de causa e efeito em geral se originam e resultam da experiência e a razão é incapaz de deduzir a priori tais conexões.
  • b)
    Para Kant, a “ prova irrefutável” do argumento humeano é a demonstração de que a lei de associação é condição necessária e suficiente para explicar os processos causais.
  • c)
    A recusa kantiana e humeana da metafísica demonstra a impossibilidade de fundar o conhecimento científico com base em procedimentos a priori da razão.
  • d)
    Kant critica em Hume a explicação do conceito de causalidade como “ filho” da imaginação com a experiência, propondo o entendimento como condição de possibilidade desta última.
  • e)
    A leitura kantiana do princípio de associação é correta, ao conferir à imaginação o papel de inferir, “ fecundada pela experiência” , as leis que regem as relações entre fenômenos observáveis.

219996 FGV (2013) - SEDUC-SP - Professor - Filosofia / Filosofia e Ética

Analise os fragmentos a seguir.

Em nossa vida cotidiana, afirmamos, negamos, desejamos, aceitamos ou recusamos coisas, pessoas, situações (……). [Achamos] óbvio que todos os seres humanos seguem regras e normas de conduta, possuem valores morais, religiosos, políticos, artísticos (…).

(CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1999, p. 9, 111) O que se costuma solicitar à Filosofia é que ilumine o sentido teórico e prático daquilo que pensamos e fazemos, (…) que nos diga alguma coisa sobre nós mesmos, que nos ajude a compreender como, por que, para quem, por quem, contra quem ou contra o que as ideias e e os valores forram elaborados e o que fazer deles
.

(CHAUÍ, Marilena. A Reforma do ensino. Refazendo a Memória. 1987, p. 1559. httpp://www.fflch.usp.bbr/df/site/publicacoes/discurso/pdf/D008_A_reforma_do__e nsin no.pdf)

Com base nos fragmentos acima, assinale a alternativa que distingue corretamente o “ filosofar” espontâneo, próprio do senso comum, do “ filosofar” propriamente dito.

  • a)
    A filosofia e o senso comumm consideram o conhecimento como crença verdadeira justificada.
  • b)
    A filosofia é uma experiência do pensamento que supera os limites da experiência imediata.
  • c)
    A filosofia e o senso comum são sistemmas teóricos que demonstram o que é a realidade ou o mundo.
  • d)
    O senso comuum estabelece juízos e raciocínios a respeito do mundo quee têm validade necessária e universal.
  • e)
    A filosofia e o senso comuum produzem inferências que desnaturalizam a realidade.

219997 FGV (2013) - SEDUC-SP - Professor - Filosofia / Filosofia e Ética

No Livro VII da República de Platão, encontra se a alegoria da caverrna, na qual o filósofo trata de sua teoria do conhecimento, usando uma imagem de forte apelo evocativo para os gregos,, na medida em que o Hades era oo mundo dos mortos situado nas entranhas da terra. Na alegoria os homens comuns habitamm essa morada subterrrânea, a ela acorrentados. Na caverna, os homens são prisioneiros

  • a)
    do mundo sensorial, concebido como uma realidade ilusória e autônoma, cognoscível pela eikasia.
  • b)
    dos sentidos, que classificam a multiplicidade das coisas na categoria de espécie, operação própria da episteme.
  • c)
    do mundo fenomênico, que contém as sensações e os objetos apreendidos através da atividade noética.
  • d)
    das aparências, que geram imagens superficiais e vagas,, refutadas pelo exercício da doxa.
  • e)
    do mundo ensível, cópia das coisas naturais e que aprisiona a alma na opinião crédula da pístis.